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A política de atenção à saúde do homem no Brasil:os paradoxos da medicalização do corpo masculinoEste artigo trata do lançamento da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem pelo governo brasileiro, em 2008. Analisamos as ações da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) nos anos que precederam o lançamento dessa política, e sua atuação durante sua implantação, focalizada na caracterização da disfunção erétil como problema de saúde pública. Examinamos em seguida o documento "Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (princípios e diretrizes)", disponibilizado pelo Ministério da Saúde em agosto de 2008. A partir desses dados, buscamos discutir o modo como o discurso dos especialistas (no caso, os médicos urologistas) se articula ao discurso militante dos movimentos sociais, tendo como objetivo a medicalização do corpo masculino. Argumentamos que tal objetivo, sustentado na afirmação do direito à saúde, implica a ideia de uma masculinidade em si "insalubre", e visa, ao contrário das políticas voltadas para as mulheres e outras minorias, ao "desempoderamento" do sujeito à qual se dirige.(AU) Informações de Categorização Assunto(s): Brasil; Medicalização; Políticas públicas; Saúde do homem; Sexualidade;
Local: Rio de Janeiro (RJ) Tipo de Publicação: Artigo de periódico; Informações da Publicação
Link/URL: http://www.scielo.br/pdf/physis/v19n3/a06v19n3.pdf Disponível no site do SCIELO - http://www.scielo.br Informações Adicionais
Arquivo Anexado: 927_1534_saudehomemscarrara.pdf |