LEI Nº 6.515, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1977
 
 

Regula os casos de dissolução da sociedade conjugal e do casamento, seus efeitos e respectivos processos, e dá outras providências.

(Alterada pelas LEIS Nº 7.841/89 e N° 8.408/92 já inseridas no texto)

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:


Art. 1º - A separação judicial, a dissolução do casamento, ou a cessação de
seus efeitos civis, de que trata a Emenda Constitucional nº 9, de 28 de junho
de 1977, ocorrerão nos casos e segundo a forma que esta Lei regula.



CAPÍTULO I
DA DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL



Art. 2º - A Sociedade Conjugal termina:

I - pela morte de um dos cônjuges;

II - pela nulidade ou anulação do casamento;

III - pela separação judicial;

IV - pelo divórcio.

Parágrafo único - O casamento válido somente se dissolve pela morte de
um dos cônjuges ou pelo divórcio.



SEÇÃO I
DOS CASOS E EFEITOS DA SEPARAÇÃO JUDICIAL



Art. 3º - A separação judicial põe termo aos deveres de coabitação, fidelidade
recíproca e ao regime matrimonial de bens, como se o casamento fosse
dissolvido.

§ 1º - O procedimento judicial da separação caberá somente aos
cônjuges, e, no caso de incapacidade, serão representados por curador,
ascendente ou irmão.

§ 2º - O juiz deverá promover todos os meios para que as partes se reconciliem
ou transijam, ouvindo pessoal e separadamente cada uma delas e,
a seguir, reunindo-as em sua presença, se assim considerar necessário.

§ 3º - Após a fase prevista no parágrafo anterior, se os cônjuges pedirem,
os advogados deverão ser chamados a assistir aos entendimentos e
deles participar.


Art. 4º - Dar-se-á a separação judicial por mútuo consentimento dos cônjuges, se forem casados há mais de 2 (dois) anos, manifestado perante o juiz e devidamente homologado.


Art. 5º - A separação judicial pode ser pedida por um só dos cônjuges quando
imputar ao outro conduta desonrosa ou qualquer ato que importe em grave
violação dos deveres do casamento e tornem insuportável a vida em comum.

§ 1º A separação judicial pode,também,ser pedida se um dos cônjuges provar a
ruptura da vida em comum há mais de um ano consecutivo,e a impossibilidade
de sua reconstituição.(Redação da LEI N° 8.408,DE 13 DE FEVEREIRO DE 1992)

(redação anterior) - § 1º - A separação judicial pode, também, ser pedida
se um dos cônjuges provar a ruptura da vida em comum há mais de 5
(cinco) anos consecutivos, e a impossibilidade de sua reconstituição.

§ 2º - O cônjuge pode ainda pedir a separação judicial quando o outro
estiver acometido de grave doença mental, manifestada após o casamento,
que torne impossível a continuação da vida em comum, desde
que, após uma duração de 5 (cinco) anos, a enfermidade tenha sido
reconhecida de cura improvável.

§ 3º - Nos casos dos parágrafos anteriores, reverterão, ao cônjuge que
não houver pedido a separação judicial, os remanescentes dos bens que
levou para o casamento, e, se o regime de bens adotado o permitir,
também a meação nos adquiridos na constância da sociedade conjugal.


Art. 6º - Nos casos dos §§ 1º e 2º do artigo anterior, a separação judicial poderá ser negada, se constituir respectivamente, causa de agravamento das condições pessoais ou da doença do outro cônjuge, ou determinar, em qualquer caso, conseqüências morais de excepcional gravidade para os filhos menores.


Art. 7º - A separação judicial importará na separação de corpos e na partilha de bens.

§ 1º - A separação de corpos poderá ser determinada como medida
cautelar (art. 796 do CPC).

§ 2º - A partilha de bens poderá ser feita mediante proposta dos
cônjuges e homologada pelo juiz ou por este decidida.


Art. 8º - A sentença que julgar a separação judicial produz seus efeitos à data de seu trânsito em julgado,o à da decisão que tiver concedido separação cautelar.



SEÇÃO II
DA PROTEÇÃO DA PESSOA DOS FILHOS



Art. 9º - No caso de dissolução da sociedade conjugal pela separação judicial consensual (art. 4º), observar-se-á o que os cônjuges acordarem sobre a guarda dos filhos.


Art. 10 - Na separação judicial fundada no "caput” do art. 5º, os filhos menores ficarão com o cônjuge que a e não houver dado causa.

§ 1º - Se pela separação judicial forem responsáveis ambos os cônjuges;
os filhos menores ficarão em poder da mãe, salvo se o juiz verificar que
de tal solução possa advir prejuízo de ordem moral para eles.

§ 2º - Verificado que não devem os filhos permanecer em poder da mãe
nem do pai, deferirá o juiz a sua guarda a pessoa notoriamente idônea
da família de qualquer dos cônjuges.


Art. 11 - Quando a separação judicial ocorrer com fundamento no § 1º do art. 5º, os filhos ficarão em poder do cônjuge em cuja companhia estavam durante o tempo de ruptura da vida em comum.


Art. 12 - Na separação judicial fundada no § 2º do art. 5º, o juiz deferirá a entrega dos filhos ao cônjuge que estiver em condições de assumir, normalmente, a responsabilidade de sua guarda e educação.


Art. 13 - Se houver motivos graves, poderá o juiz, em qualquer caso, a bem dos filhos, regular por maneira diferente da estabelecida nos artigos anteriores a situação deles com os pais.


Art. 14 - No caso de anulação do casamento, havendo filhos comuns, observar- se-á o disposto nos arts. 10 e 13.

Parágrafo único - Ainda que nenhum dos cônjuges esteja de boa fé ao
contrair o casamento, seus efeitos civis aproveitarão aos filhos comuns.


Art. 15 - Os pais, em cuja guarda não estejam os filhos, poderão visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo fixar o juiz, bem como fiscalizar sua
manutenção e educação.


Art. 16 - As disposições relativas à guarda e à prestação de alimentos aos filhos menores estendem-se aos filhos maiores inválidos.



SEÇÃO III
DO USO DO NOME



Art. 17 - Vencida na ação de separação judicial (art. 5º "caput"), voltará a mulher a usar o nome de solteira.

§ 1º - Aplica-se, ainda, o disposto neste artigo, quando é da mulher a
iniciativa da separação judicial com fundamento nos §§ 1º e 2º do art. 5º.

§ 2º - Nos demais casos, caberá à mulher a opção pela conservação do
nome de casada.


Art. 18 - Vencedora na ação de separação judicial (art. 5o "caput"), poderá a mulher renunciar, a qualquer momento, o direito de usar o nome do marido.



SEÇÃO IV
DOS ALIMENTOS



Art. 19 - O cônjuge responsável pela separação judicial prestará ao outro, se dela necessitar, a pensão que o juiz fixar.


Art. 20 - Para manutenção dos filhos, os cônjuges, separados judicialmente, contribuirão na proporção de seus recursos.


Art. 21 - Para assegurar o pagamento da pensão alimentícia, o juiz poderá determinar a constituição de garantia real ou fidejussória.

§ 1º - Se o cônjuge credor preferir,o juiz poderá determinar que a pensão
consista no usufruto de determinados bens do cônjuge devedor.

§ 2º - Aplica-se, também, o disposto no parágrafo anterior, se o cônjuge
credor justificar a possibilidade do não recebimento regular da pensão.


Art. 22 - Salvo decisão judicial, as prestações alimentícias, de qualquer natureza, serão corrigidas monetariamente na forma dos índices de atualização das Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN.

Parágrafo único - No caso do não pagamento das referidas prestações
no vencimento, o devedor responderá, ainda, por custas e honorários de
advogado apurados simultaneamente.


Art. 23 - A obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do devedor, na forma do art. 1.796 do Código Civil.



CAPÍTULO II
DO DIVÓRCIO



Art. 24 - O divórcio põe termo ao casamento e aos efeitos civis do matrimônio religioso.

Parágrafo único - O pedido somente competirá aos cônjuges, podendo,
contudo, ser exercido, em caso de incapacidade,por curador, ascendente
ou irmão.


Art. 25 - A conversão em divórcio da separação judicial dos cônjuges existente há mais de um ano, contada da data da decisão ou da que concedeu a medida cautelar correspondente (art. 8º), será decretada por sentença, da qual não constará referência à causa que a determinou. (Redação da LEI N° 8.408, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1992)

Parágrafo único. A sentença de conversão determinará que a mulher
volte a usar o nome que tinha antes de contrair matrimônio, só conservando
o nome de família do ex-marido se alteração prevista neste artigo
acarretar: (Redação da LEI N° 8.408, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1992)

I - evidente prejuízo para a sua identificação; (Redação da LEI N° 8.408,DE
13 DE FEVEREIRO DE 1992)

II - manifesta distinção entre o seu nome de família e dos filhos havidos
da união dissolvida; (Redação da LEI N° 8.408, DE 13 DE FEVEREIRO DE
1992)

III - dano grave reconhecido em decisão judicial." (Redação da LEI N°
8.408, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1992)

(Redação anterior) - Art. 25 - A conversão em divórcio da separação judicial
dos cônjuges, existente há mais de três anos, contada da data da
decisão ou da que concedeu a medida cautelar correspondente (art. 8o),
será decretada por sentença, da qual não constará referência à causa
que a determinou.


Art. 26 - No caso de divórcio resultante da separação prevista nos §§ 1º e 2º do art. 5º, o cônjuge que teve a iniciativa da separação continuará com o dever de assistência ao outro. (Código Civil - art. 231, nº III).


Art. 27 - O divórcio não modificará os direitos e deveres dos pais em relação aos filhos.

Parágrafo único - O novo casamento de qualquer dos pais ou de ambos
também não importará restrição a esses direitos e deveres.


Art. 28 - Os alimentos devidos pelos pais e fixados na sentença de separação
poderão ser alterados a qualquer tempo.


Art. 29 - O novo casamento do cônjuge credor da pensão extinguirá a obrigação do cônjuge devedor.


Art. 30 - Se o cônjuge devedor da pensão vier a casar-se, o novo casamento não alterará sua obrigação.


Art. 31 - Não se decretará o divórcio se ainda não houver sentença definitiva de separação judicial, ou se esta não tiver decidido sobre a partilha dos bens.


Art. 32 - A sentença definitiva do divórcio produzirá efeitos depois de registrada no Registro Público competente.


Art. 33 - Se os cônjuges divorciados quiserem restabelecer a união conjugal só poderão fazê-lo mediante novo casamento.



CAPÍTULO III
DO PROCESSO


Art. 34
- A separação judicial consensual se fará pelo procedimento previsto nos arts. 1.120 e 1.124 do Código de Processo Civil, e as demais pelo procedimento ordinário.

§ 1º - A petição será também assinada pelos advogados das partes ou
pelo advogado escolhido de comum acordo.

§ 2º - O juiz pode recusar a homologação e não decretar a separação
judicial, se comprovar que a convenção não preserva suficientemente os
interesses dos filhos ou de um dos cônjuges.

§ 3º - Se os cônjuges não puderem ou não souberem assinar, é lícito que
outrem o faça a rogo deles.

§ 4º - Às assinaturas, quando não lançadas na presença do juiz, serão,
obrigatoriamente, reconhecidas por tabelião.


Art. 35 - A conversão da separação judicial em divórcio será feita mediante pedido de qualquer dos cônjuges.

Parágrafo único - O pedido será apensado aos autos da separação judicial.(art.48)


Art. 36 - Do pedido referido no artigo anterior, será citado o outro cônjuge, em cuja resposta não caberá reconvenção.

Parágrafo único - A contestação só pode fundar-se em:

I - falta do decurso de 1 (um) ano da separação judicial; (Redação da LEI
Nº 7.841, DE 17 DE OUTUBRO DE 1989)

(redação anterior) - I - falta de decurso do prazo de 3 (três) anos de separação
judicial;

II - descumprimento das obrigações assumidas pelo requerente na separação.


Art. 37 - O juiz conhecerá diretamente do pedido, quando não houver contestação ou necessidade de produzir prova em audiência, e proferirá sentença dentro em 10 (dez) dias.

§ 1º - A sentença limitar-se-á à conversão da separação em divórcio, que
não poderá ser negada, salvo se provada qualquer das hipóteses previstas
no parágrafo único do artigo anterior.

§ 2º - A improcedência do pedido de conversão não impede que o
mesmo cônjuge o renove, desde que satisfeita a condição anteriormente
descumprida.


(Revogado pela LEI Nº 7.841, DE 17 DE OUTUBRO DE 1989) - Art. 38 - O pedido de divórcio, em qualquer dos seus casos, somente poderá ser formulado uma vez.


Art 39 - O capítulo III do Título Il do Livro IV do Código de Processo Civil, as expressões "desquite por mútuo consentimento", "desquite" e "desquite litigioso" são substituídas por "separação consensual" e "separação judicial".



CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 40
- No caso de separação de fato, e desde que completados 2 (dois) anos
consecutivos, poderá ser promovida ação de divórcio, na qual deverá ser
comprovado decurso do tempo da separação. (Redação da LEI Nº 7.841, DE
17 DE OUTUBRO DE 1989)

(redação anterior) - Art. 40 - No caso de separação de fato, com início anterior
a 28 de junho de 1977, e desde que completados 5 (cinco) anos, poderá
ser promovida ação de divórcio, na qual se deverão provar o decurso do
tempo da separação e a sua causa.

(Revogado pela LEI Nº 7.841, DE 17 DE OUTUBRO DE 1989)- § 1º - O
divórcio, com base neste artigo, só poderá ser fundado nas mesmas
causas previstas nos artigos 4º e 5º e seus parágrafos.

§ 2º - No divórcio consensual, o procedimento adotado será o previsto
nos artigos 1.120 a 1.124 do Código de Processo Civil, observadas, ainda,
as seguintes normas:

I - a petição conterá a indicação dos meios probatórios da separação de
fato, e será instruída com a prova documental já existente;

II - a petição fixará o valor da pensão do cônjuge que dela necessitar para
sua manutenção, e indicará as garantias para o cumprimento da obrigação
assumida;

III - se houver prova testemunhal, ela será traduzida na audiência de retificação
do pedido de divórcio a qual será obrigatoriamente realizada.

IV - a partilha dos bens deverá ser homologada pela sentença do divórcio.
§ 3º - Nos demais casos, adotar-se-á o procedimento ordinário.


Art. 41 - As causas de desquite em curso na data da vigência desta Lei, tanto as que se processam pelo procedimento especial quanto as de procedimento ordinário, passam automaticamente a visar à separação judicial.


Art. 42 - As sentenças já proferidas em causas de desquite são equiparadas, para os efeitos desta Lei, às de separação judicial.


Art. 43 - Se, na sentença do desquite, não tiver sido homologada ou decidida a partilha dos bens, ou quando esta não tenha sido feita posteriormente, a decisão de conversão disporá sobre ela.


Art. 44 - Contar-se-á o prazo de separação judicial a partir da data em que, por decisão judicial proferida em qualquer processo, mesmo nos de jurisdição voluntária, for determinada ou presumida a separação dos cônjuges.


Art. 45 - Quando o casamento se seguir a uma comunhão de vida entre os nubentes, existentes antes de 28 de junho de 1977, que haja perdurado por 10 (dez) anos consecutivos ou da qual tenha resultado filhos,o regime matrimonial de bens será estabelecido livremente, não se lhe aplicando o disposto no artigo 258, parágrafo único, nº II, do Código Civil.


Art. 46 - Seja qual for a causa da separação judicial, e o modo como esta se faça, é permitido aos cônjuges restabelecer a todo o tempo a sociedade conjugal, nos termos sem que fora constituída, contanto que o façam mediante requerimento nos autos da ação de separação.

Parágrafo único - A reconciliação em nada prejudicará os direitos de
terceiros, adquiridos antes e durante a separação, seja qual for o regime
de bens.


Art. 47 - Se os autos do desquite ou os da separação judicial tiverem sido extraviados, ou se encontrarem em outra circunscrição judiciária, o pedido de conversão em divórcio será instruído com a certidão da sentença, ou da sua averbação no assento de casamento.


Art. 48 - Aplica-se o disposto no artigo anterior, quando a mulher desquitada tiver domicílio diverso daquele em que se julgou o desquite.


Art. 49 - Os §§ 5º e 6º do art. 7º da Lei de Introdução ao Código Civil passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 7º.

§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante
expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do
decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de
comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada
esta adoção ao competente registro.

§ 6º - O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges
forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de três anos da
data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separarão judicial
por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato,
obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças
estrangeiras no País. O Supremo Tribunal Federal, na forma de seu regimento
interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado,
decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças
estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir
todos os efeitos legais."


Art. 50 - São introduzidas no Código Civil as alterações seguintes:

1) "Art. 12.

I - os nascimentos, casamentos, separações judiciais, divórcios e óbitos."

2) "Art. 180.

V - certidão de óbito do cônjuge falecido, da anulação do casamento
anterior ou do registro da sentença de divórcio."

3) "Art. 186 - Discordando eles entre si, prevalecerá a vontade paterna,
ou, sendo o casal separado, divorciado ou tiver sido o seu casamento
anulado, a vontade do cônjuge, com quem estiverem os filhos."

4) "Art. 195.

VII - o regime do casamento, com a declaração data e do cartório em
cujas notas foi passada a escritura antenupcial, quando o regime não for
o de comunhão parcial, ou o legal estabelecido no Titulo III deste livro,
para outros casamentos."

5) "Art. 240 - A mulher, com o casamento, assume a condição de companheira,
consorte e colaboradora do marido nos encargos de família,
cumprindo-lhe velar pela direção material e moral desta.
Parágrafo único - A mulher poderá acrescer ao seus os apelidos do
marido."

6) "Art. 248.
VIII - propor a separação judicial e o divórcio.”

7) "Art. 258 - Não havendo convenção, ou sendo nela, vigorará, quanto
aos bens entre os cônjuges, o regime de comunhão parcial."

8) "Art. 267.

III - pela separação judicial;

IV - pelo divórcio."

9) "Art. 1.611 - A falta de descendentes ou ascendentes será deferida a
sucessão ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não
estava dissolvida a sociedade conjugal."


Art. 51 - A Lei nº 883, de 21 de outubro de 1949 passa a vigorar com as seguintes alterações:

1) "Art. 1º.

Parágrafo único - Ainda na vigência do casamento qualquer dos
cônjuges poderá reconhecer o filho havido fora do matrimônio, em
testamento cerrado, aprovado antes ou depois do nascimento do filho,
e, nessa parte, irrevogável."

2) "Art. 2º - Qualquer que seja a natureza da filiação, o direito à herança
será reconhecido em igualdade de condições."

3) - "Art. 4º.

Parágrafo único - Dissolvida a sociedade conjugal do que foi condenado
a prestar alimentos, quem os obteve não precisa propor ação de investigação
para ser reconhecido, cabendo, porém, aos interessados o direito
de impugnar a filiação."

4) "Art. 9º - O filho havido fora do casamento e reconhecido pode ser
privado da herança nos casos dos arts. 1.595 e 1.744 do Código Civil."


Art. 52 - O nº I do art. 100, o nº II do art. 155 e o § 2º do art. 733 do Código de Processo Civil passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 100.

I - da residência da mulher, para a ação de separação dos cônjuges e a
conversão desta em divórcio, e para a anulação de casamento.

Art. 155.

II - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges,
conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores."

"Art. 733.

§ 2º - O cumprimento da pena não exime o devedor do pagamento das
prestações vencidas e vincendas."


Art. 53 - A presente Lei entrará em vigor na data de sua publicação.


Art. 54 - Revogam-se os arts. 315 a 328 e o § 1º do art. 1605 do Código Civil e as demais disposições em contrário.



Brasília, em 26 de dezembro de 1977;
156º da Independência e 89º da República.



ERNESTO GEISEL
Armando Falcão

 
os direitos humanos e a legislação brasileira
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